Boninas:

Nome Cientifico: Mirabilis Jalapa
Nome Vulgar: Bonina

Maravilha (Mirabilis jalapa) é uma planta ornamental que disponibiliza a variedade de cores como a cor vermelha, rosa, amarela, branca etc. Em seu nome, Mirabilis, do latim, significa maravilha ou admirável, e Jalapa é um nome de uma cidade mexicana, mas dizem que essa planta tem sido exportada a partir dos Andes Peruanos, em 1540.


Apesar de ter sido descrita pela primeira vez no México não há certeza de onde realmente ela é originária. Existe a suposição de que foi encontrada pelos europeus em zonas próximas aos Andes, no século XVI e daí levada para a Península Ibérica, onde foi introduzida como planta ornamental e medicinal. Mas considerando suas características supõe-se que seja nativa de zonas tropicais da América do Sul, Central e México.
Existem cerca de 50 espécies diferentes, todas presentes nas áreas de clima mais quente da América. Como adaptou-se bem ao clima temperado também pode ser encontrada em zonas abrangidas por este clima.
A Maravilha é uma planta herbácea, que tem altura média de 70 cm, mas pode chegar a 1,20m. Tem ciclo de vida perene, mas em áreas de clima temperado pode comportar-se como planta anual, já que com geadas fortes ou baixa umidade pode morrer. São comuns em áreas próximas ao mar, ou em áreas com influência marítima, por serem resistentes à salinidade.
Possui raízes tuberosas que facilitam sua sobrevivência durante os meses mais secos e frios. Tem um caule ramificado e ereto. As folhas são simples, afinadas na ponta, opostas, em tons de verde claro a escuro ou avermelhadas. A folhagem é densa dando um aspecto agradável à planta mesmo quando não está florida. Podem ter até 13 cm de comprimento e 8 cm de largura.
mirabilis00A floração ocorre na Primavera e Verão, podendo aparecer flores esporádicas, em menor quantidade no Outono e Inverno. As cores da Maravilha justificam seu nome. As cores básicas de suas flores são vermelho e branco, mas podem produzir flores das mais variadas tonalidades de rosa, amarelo e laranja. As flores podem apresentar diferentes combinações de cores, existindo flores de até três cores diferentes que se apresentam em listras, pintas ou manchas irregulares. As flores tem a forma de uma trombeta coroada por cinco pétalas, podendo ter um perfume adocicado, podendo ser solitárias ou em grupos. Só se abrem ao final do dia, e em dias nublados também dão o ar da graça durante o dia. Atraem insetos noturno e mariposas, responsáveis por sua polinização.
As sementes são ovais e têm entre 6 e 8 mm. São enrugadas e tem cor verde amarelada quando imaturas, tornando-se totalmente negras quando maduras.
Numa mesma planta podem nascer flores de diferentes cores ou mistura de cores. Uma mesma planta pode em um período de sua vida dar flores amarelas e com o passar do tempo começar a produzir flores rosas, ou brancas que depois passam a ser rosa claro. Foi estudada por Carl Correns, que a utilizou como exemplo num estudo sobre herança extra-nuclear, estudo segundo o qual pode-se ter um indivíduo sem predominância genética de um dos indivíduos dos quais teve origem. Estes e outros estudos resultaram no redescobrimento das Leis de Mendel (veja mais no link ao final do post).
Seu uso como planta ornamental é muito difundido, sendo utilizada na formação de maciços, conjuntos e borbaduras. Pode também ser plantada em vasos, mas tende a ter uma altura inferior do que uma que está diretamente no solo. Devido a sua rusticidade é de fácil cultivo, podendo, caso haja algum descuido, tornar-se uma praga pela facilidade com que volta a ser selvagem. Por ser resistente à salinidade é uma planta ideal para jardins próximos à praia.
Na medicina popular é utilizada como cicatrizante, para manchas na pele, sardas, problemas hepáticos, entre outros. Mas nunca se deve fazer uso interno de raízes e sementes pois são tóxicas.
Seu clico de vida é perene mas em regiões onde o Inverno é mais severo tende a morrer com as geadas, sendo cultivadas como plantas anuais. Em locais de Inverno mais rigoroso podem ser arrancadas no Outono, semeando novas sementes para o ano seguinte. Em áreas de clima mais quente uma planta pode durar anos sem qualquer problema. Onde o clima tem um Verão que seja extremamente seco a planta também pode morrer devido ao calor intenso e baixa umidade do ar, sendo essencial regas diárias nos períodos de maior calor, e frequentes em qualquer época do ano ou clima. Seu cultivo deve ser a sol pleno, apesar de adaptar-se bem à meia-sombra. Sob sol pleno tendem a ter um maior porte e floração mais intensa. O solo precisa ser fértil, rico em matéria orgânica e com boa drenagem. Quanto à adubação deve ser feita uma vez ao mês na Primavera e Verão, com adubo rico em potássio.
mirabilis02A reprodução desta planta é muito fácil. Pode-se fazê-la através das sementes que são abundantes ou pela separação de suas raízes. Por auto-reproduzir-se com facilidade não necessita de auxílio humano, mas se sua reprodução não for controlada torna-se uma praga. A semeadura deve ser feita em fins do Inverno e princípios da Primavera, podendo-se apenas jogar as sementes sobre a terra ou em covas rasas. Porém, para apressar a germinação, as sementes devem ser postas de molho durante 12 horas antes da semeadura.
Nos meses quentes mais chuvosos pode sofrer a infestação de fungos que costumam ser facilmente eliminados com um fungicida. Mas só deve ser usado antes do início da floração plena. Ácaros, pulgões e outras pragas podem atacá-la também, sendo necessária a utilização de inseticida de forma preventiva para evitar uma infestação, também quando a planta ainda não tenha flores.
Mas mesmo sem todos estes cuidados acima descritos, é possível ter lindas Maravilhas no jardim. 

O Peixe-pedra

Synanceia verrucosa
nome vulgar: peixe-pedra
Synanceia verrucosa é um peixe da família Synanceiidae. Confundidos facilmente com pedras ou corais, eles sobrevivem até um dia fora d'água. É o animal mais venenoso conhecido atualmente, pois a sua mordida pode ser fatal para os seres humanos. Pode ser encontrado no Oceano Pacífico e Índico e mede entre 30 e 60 centímetros. 

A sua alimentação consiste em pequenos peixes e crustáceos. A sua cor esverdeada torna-o particularmente difícil de ser visto pelas pessoas, o que faz com que muitas pessoas os pisem acidentalmente. Estes peixes podem habitar também praias rochosas e lagoas com fundos de pedras. Trata-se de um peixe que é solitário e territorialista e costuma permanecer quieto, sem se mexer, o que permite que as suas presas se aproximem e não os vejam. Se uma pessoa pisar um peixe pedra, o que acontece várias vezes, o seu veneno causa dor intensa e intratável, pois nem a morfina consegue aliviar a dor. A pessoa é forçada a aguentar uma dor insuportável durante várias horas. Há mesmo relatos de pessoas que depois de pisarem em um peixe pedra, chegam a pedir aos médicos que amputem o membro infectado com o veneno, pois não há nada que alivie a dor provocada pelo seu veneno. A sua picada pode ser fatal para as crianças e pessoas idosas se não houver cuidados 

Poluição do Ar:

A partir de meados do século XVIII, com a Revolução Industrial, aumentou muito a poluição do ar. A queima do carvão mineral despejava na atmosfera das cidades industriais européias, toneladas de poluentes. A partir deste momento, o ser humano teve que conviver com o ar poluído e com todas os prejuízos advindos deste "progresso". Atualmente, quase todas as grandes cidades do mundo sofrem os efeitos daninhos da poluição do ar. Cidades como São Paulo, Tóquio, Nova Iorque e Cidade do México estão na lista das mais poluídas do mundo.
Geração da poluição 
A poluição gerada nas cidades de hoje são resultado, principalmente, da queima de combustíveis fósseis como, por exemplo, carvão mineral e derivados do petróleo ( gasolina e diesel ). A queima destes produtos tem lançado uma grande quantidade de monóxido de carbono e dióxido de carbono (gás carbônico) na atmosfera. Estes dois combustíveis são responsáveis pela geração de energia que  alimenta os setores industrial, elétrico e de transportes de grande parte das economias do mundo. Por isso, deixá-los de lado atualmente é extremamente difícil.
Problemas gerados pela poluição 


Esta poluição tem gerado diversos problemas nos grandes centros urbanos. A saúde do ser humano, por exemplo, é a mais afetada com a poluição.Doenças respiratórias como a bronquite, rinite alérgica, alergias e asma levam milhares de pessoas aos hospitais todos os anos. Outros problemas de saúde são: irritação na pele, lacrimação exagerada, infecção nos olhos, ardência na mucosa da garganta e processos inflamatórios no sistema circulatório (quando os poluentes chegam à circulação). Em dias secos e com poluição do ar alta, é recomendado beber mais água do que o normal, evitar atividades físicas ao ar livre, utilizar umidificador dentro de casa (principalmente das 10h às 16h) e limpar o chão de casa com pano úmido). 
A poluição também tem prejudicado os ecossistemas e o patrimônio histórico e cultural em geral. Fruto desta poluição, a chuva ácida mata plantas, animais e vai corroendo, com o tempo, monumentos históricos. Recentemente, a Acrópole de Atenas teve que passar por um processo de restauração, pois a milenar construção estava sofrendo com a poluição da capital grega. 
O clima também é afetado pela poluição do ar. O fenômeno do efeito estufa está aumentando a temperatura em nosso planeta. Ele ocorre da seguinte forma: os gases poluentes formam uma camada de poluição na atmosfera, bloqueando a dissipação do calor. Desta forma, o calor fica concentrado na atmosfera, provocando mudanças climáticas. Futuramente, pesquisadores afirmam que poderemos ter a elevação do nível de água dos oceanos, provocando o alagamento de ilhas e cidades litorâneas. Muitas espécies animais poderão ser extintas e tufões e maremotos poderão ocorrer com mais freqüência.
Soluções e desafios
Apesar das notícias negativas, o homem tem procurado soluções para estes problemas. A tecnologia tem avançado no sentido de gerar máquinas e combustíveis menos poluentes ou que não gerem poluição. Muitos automóveis já estão utilizando gás natural como combustível. No Brasil, por exemplo, temos milhões de carros movidos a álcool, combustível não fóssil, que poluí pouco. Testes com hidrogênio tem mostrado que num futuro bem próximo, os carros poderão andar com um tipo de combustível que lança, na atmosfera, apenas vapor de água.
Curiosidades:
- Cidades do mundo com o ar mais poluído: Pequim (China), Karachi (Paquistão), Nova Délhi (Índia), Katmandu (Nepal), Lima (Peru), Arequipa (Peru), Ulan Bator (Mongólia) e Cairo (Egito)
- Cidades do mundo com o ar mais limpo: Calgary (Canadá), Honolulu (Estados Unidos), Helsinque (Finlândia), Wellington (Nova Zelândia), Mineápolis (Estados Unidos) e Adelaide (Austrália).
- 14 de agosto é o Dia de× Controle da Poluição Industrial.
  

Lixo X Animais poluição

Lixo X Animais marinhos

Mais da metade do planeta Terra é ocupada por grandes oceanos e mares. São estimadas que em torno de 6.4 milhões de toneladas de lixo marinho são descartadas nos oceanos e mares a cada ano. Mais de 13.000 pedaços de lixo plástico estão, atualmente, flutuando em cada quilômetro quadrado de oceano. Muitos animais marinhos ingerem estes resíduos confundindo-os com alimentos.
O efeito mais dramático dessa ingestão acidental é muito difícil de ser observado. Aparelhos digestivos recheados de plásticos têm menor capacidade de assimilação de nutrientes oriundos de alimentos verdadeiros. Isso reduz a probabilidade de os animais sobreviverem e pode, em longo prazo, causar o colapso de determinadas populações. Tartarugas marinhas, focas, leões marinhos, golfinhos, peixes-boi, aves marinhas e peixes são algumas das inúmeras vítimas.

135 mil animais são impactados pelo lixo jogado no mar

O relatório Trapped, divulgado nesta quarta-feira (12) pelaSociedade Mundial de Proteção Animal (WSPA), apontou que milhares de animais marinhos - como focas, tartarugas e baleias - são impactados, anualmente, pela grande quantidade de lixo que é despejado pelo homem nosoceanos

De acordo com a estimativa, entre 57 mil e 135 mil bichos marinhos sofrem todos os anos com os resíduos, que são em sua maioria cordasredes, fitas adesivas eembalagens plásticas

Os pássaros também são grandes vítimas. Uma das pesquisas realizadas pela WSPA constatou que 94% dos animais dessa ordem que vivem no Mar do Norte, entre as costas da Noruega e Dinamarca, possuem em média 34 pedaços de plástico em seu organismo, que foram ingeridos ao serem confundidos com comida. 

O relatório ainda destaca os vários impactos que a grande quantidade de lixo jogado nos oceanos pode causar aos animais marinhos. As tartarugas, por exemplo, frequentemente ingerem sacos plásticos, pensando que se trata de algum alimento, o que pode levá-las a morte por sufocamento em questão de minutos. Já as baleias podem passar anos feridas, arrastando redes ou equipamentos de pesca em que se enroscaram e correndo o risco de morrer em consequência de infecções ou, mesmo, de inanição, por terem dificuldade de se alimentar.

raças e espécies de tartarugas

Tartarugas, Jabutis e Cágados

Testudines(a) é uma ordem de répteis caracterizada pela presença de uma carapaça. Por vezes são referidos como quelônios ou testudíneos. Esse grupo está representado pelas tartarugas (as marinhas e as de água doce), pelos cágados (de água doce) e pelos jabutis (terrestres).
Esses animais apresentam placas ósseas dérmicas, que se fundem originando uma carapaça dorsal e um plastrão ventral rígidos, que protegem o corpo. As vértebras e costelas fundem-se e a essas estruturas. Os ossos da carapaça são recobertos por escudos córneos de origem epidérmica. Não possuem dentes, mas apresentam lâminas córneas usadas para arrancar pedaços de alimentos.São todos ovíparos.

cabecuda
Cabeçuda

chelydraserpentina
Chelydra serpentina



jabutiargentino
Jabuti argentino

jabutitinga
Jabutitinga



oliva
Oliva


tartaruga-de-ouvidos-vermelhos
Tartaruga-de-ouvidos-vermelhos



tartarugadasgalapagos
Tartaruga-das-galapagos

tartarugadasgalapagosdepinta
Tartaruga-das-galapagos-de-pinta



tartarugadealdabra
Tartaruga de aldabra

tartarugadecascomole
Tartaruga de Casco Mole



tartarugadeesporasafricana
Tartaruga-de-esporas-africana

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Tartaruga-de-kemp


tartarugadoouvidovermelho
Tartaruga-do-ouvido-vermelho


tartarugafolha
Tartaruga folha


tartarugamarinha
Tartaruga marinha
tartarugatigredeagua
Tartaruga-tigre-de-agua



testudograeca
Testudo graeca
                                           


tracaja
Tracaja


em breve falarei sobre cada uma dessas especies ;)

A Amazônia

AMAZÔNIA

Fundamentos da ecologia da maior região de florestas tropicais:

Localização
A Amazônia é um território único pela variedade indescritível de sua flora e fauna. Estende-se por nove países da América do Sul, dos quais o Brasil fica com a maior parte, 63,4% do total. É delimitada ao norte e ao sul, respectivamente, pelos maciços das Guianas e do Brasil Central; a oeste, pela Cordilheira dos Andes. Abriga o sistema fluvial mais extenso e de maior massa líquida da Terra, sendo coberta pela maior floresta pluvial tropical. O Amazonas drena mais de 7 milhões de quilômetros quadrados de terras e é, por larga margem, o rio de maior massa líquida, com uma vazão anual média de 200.000 metros cúbicos por segundo. Essa região corresponde a 1/20 da superfície da Terra, a 2/5 da América do Sul, 1/5 da disponibilidade mundial de água doce, 1/3 das reservas mundiais de florestas latifoliadas, e somente 3,5 milésimos da população mundial, com uma densidade de 2 hab./Km2.

Clima
A sazonalidade na bacia amazônica é marcada pela pluviosidade e pela alteração do nível dos rios, que pode chegar a mais de 12 metros em algumas regiões. A precipitação na bacia não é homogênea, tanto em relação ao período do ano quanto às diferentes localidades na Amazônia. Na parte meridional do estuário do rio Amazonas, encontra-se uma zona com maior abundância de chuvas, onde a precipitação atinge mais de 2.600mm; muita mais chuva cai no noroeste da Amazônia, onde as precipitações anuais alcançam mais de 3.600mm. Entre essas faixas ocorrem zonas nas quais as precipitações em certos anos ficam abaixo dos 2.000mm. Notam-se ainda diferenças maiores ou menores entre o período chuvoso e o de estiagem. Na região de Santarém, nas imediações do rio Tapajós, por exemplo, pode ocorrer em certos anos que durante cerca de quatro semanas seguidas, agosto a setembro, não chova nada. Já no noroeste da Amazônia as diferenças podem ser bem diminutas entre as épocas mais e menos chuvosas.
A temperatura média anual fica entre 26 e 27 graus Celsius, com diferenças sazonais de apenas + ou - 1 grau,em que o período da estiagem é mais quente que o das chuvas. No decorrer do dia, entretanto, a amplitude térmica pode ultrapassar 10oC. A umidade relativa do ar é sempre muita elevada, podendo alcançar 100% de saturação durante a noite.

As chuvas e a evapotranspiração
A evapotranspiração é um fenômeno de fundamental importância para se compreender a relação entre o clima pluvial amazônico e a existência da floresta. Cerca de metade da água da chuva que cai na região retorna através de evapotranspiração diretamente à atmosfera, onde novamente se condensa e volta a cair. Existe, pois, uma retroalimentação altamente significativa pela presença da floresta. O clima da região é dependente da floresta e é por isso que se diz que o desmatamento terá um efeito catastrófico sobre o clima.
Os rios da Amazônia
Os rios da Amazônia podem ser separados em três tipos: rios de água preta, rios de água branca e rios de água clara.
Os rios de água branca são aqueles cujas cabeceiras encontram-se próximas aos sedimentos andinos, sendo caracterizados por apresentarem um elevado teor de argila em suspensão, visibilidade de 0,1 a 0,5 metros e pH 6,5 a 7,0. São rios de água branca os rios Amazonas, Branco, Madeira, Juruá e Purus. Esses rios formam em suas margens uma planície de aluviões recentes, as várzeas.
Os rios de água clara são aqueles que se originam no Planalto Brasileiro ou no Planalto Guianense. Carreiam uma quantidade muito pequena de partículas em suspensão, podem apresentar uma visibilidade superior a 4 metros e o pH de 4,0 a 7,0. São rios de água clara os rios Xingu, Tapajós e Tocantins.
Os rios de água preta são aqueles originados nos sedimentos arenosos terciários da Amazônia Central. Este tipo de rio caracteriza-se pela água marrom transparente com visibilidade entre 1,5 a 2,5 metros e apresenta um pH entre 3,5 e 4,0 devido à elevada quantidade de ácidos húmicos e fúlvicos em suspensão, que adquirem ao inundar a vegetação. O exemplo mais típico é o rio Negro.
A Vegetação da Amazônia
A Amazônia não é homogênea. Ao contrário, ela é formada por um mosaico de hábitats bastante distintos. A diversidade de hábitats inclui as florestas de transição, as matas secas e matas semidecíduas; matas de bambu (Guadua spp.), campinaranas, enclaves de cerrado, buritizais, florestas inundáveis (igapó e várzea), e a floresta de terra firme.
Florestas de terra-firme
As florestas de terra-firme caracterizam-se por ocorrer em áreas não sujeitas a inundações. Apresentam uma grande variedade de fisionomias (florestas densas, florestas semi-abertas com babaçu, florestas secas com palmeiras, florestas secas com cipós, florestas secas com cipós e palmeiras, etc.). O tipo predominante apresenta árvores altas (mais de 25 m de altura), copa fechada, muitas lianas, sub-bosque aberto e elevada biomassa. O conjunto das florestas de terra-firme representa cerca de 80% da vegetação da região.
Florestas de áreas inundadas: a várzea e o igapó
Cerca de 15% da Amazônia é ocupada pelos rios ou inundada em caráter permanente ou sazonal. A constatações de que o nível de fertilidade dos rios refletia na vegetação, levou a maioria dos botânicos a adotar o critério "cor dos rios" para separar as florestas inundadas em várzea e igapó. Assim, são denominadas de florestas de várzea as florestas sujeitas a inundação pelos rios de água branca, e florestas de igapó, as florestas inundadas por rios de água clara ou preta. A floresta de várzea é caracterizada pela maior riqueza em nutrientes. Enquanto o igapó é caracterizado pela acidez e pobreza de nutrientes.
Buritizais
Nas margens dos rios amazônicos e em certas áreas que possuem drenagem insuficiente, é comum encontrar buritizais, isto é, florestas compostas quase que exclusivamente por buritis (Mauritia flexuosa).
Manguezais
Manguezais são florestas costeiras adaptadas à água com elevado teor de salinidade e as variações das marés. Os manguezais ocorrem em toda a costa Atlântica. As três principais espécies de árvores dos manguezais amazônicos são: Rhizophora mangle, Aviccennia tomentosa e A. germinans. As duas últimas penetram no estuário amazônico até próximo à Floresta Nacional de Caxiuanã. Outras espécies ocorrem associadas, como Laguncularia racemosa.
As savanas amazônicas
Além da vegetação florestal, ocorrem na Amazônia enclaves de vegetação de savana. Essa vegetação pode em geral ser classificada em campos de terra-firme, de origem terciária ou quaternária, e campos inundáveis, que podem ser campos marginais de várzeas ou campos interioranos.
Campinaranas ou Caatingas amazônicas
As caatingas amazônicas ou caatingas de areia branca cobrem cerca de 30.000 quilômetros de área, na região do rio Negro. Em geral ocorrem sob a forma de manchas isoladas espalhadas no conjunto da mata tropical de terra-firme. Apesar de sofrerem inundações periódicas, suas plantas tendem a apresentar características de esclerofilia.