Lixo X Animais poluição

Lixo X Animais marinhos

Mais da metade do planeta Terra é ocupada por grandes oceanos e mares. São estimadas que em torno de 6.4 milhões de toneladas de lixo marinho são descartadas nos oceanos e mares a cada ano. Mais de 13.000 pedaços de lixo plástico estão, atualmente, flutuando em cada quilômetro quadrado de oceano. Muitos animais marinhos ingerem estes resíduos confundindo-os com alimentos.
O efeito mais dramático dessa ingestão acidental é muito difícil de ser observado. Aparelhos digestivos recheados de plásticos têm menor capacidade de assimilação de nutrientes oriundos de alimentos verdadeiros. Isso reduz a probabilidade de os animais sobreviverem e pode, em longo prazo, causar o colapso de determinadas populações. Tartarugas marinhas, focas, leões marinhos, golfinhos, peixes-boi, aves marinhas e peixes são algumas das inúmeras vítimas.

135 mil animais são impactados pelo lixo jogado no mar

O relatório Trapped, divulgado nesta quarta-feira (12) pelaSociedade Mundial de Proteção Animal (WSPA), apontou que milhares de animais marinhos - como focas, tartarugas e baleias - são impactados, anualmente, pela grande quantidade de lixo que é despejado pelo homem nosoceanos

De acordo com a estimativa, entre 57 mil e 135 mil bichos marinhos sofrem todos os anos com os resíduos, que são em sua maioria cordasredes, fitas adesivas eembalagens plásticas

Os pássaros também são grandes vítimas. Uma das pesquisas realizadas pela WSPA constatou que 94% dos animais dessa ordem que vivem no Mar do Norte, entre as costas da Noruega e Dinamarca, possuem em média 34 pedaços de plástico em seu organismo, que foram ingeridos ao serem confundidos com comida. 

O relatório ainda destaca os vários impactos que a grande quantidade de lixo jogado nos oceanos pode causar aos animais marinhos. As tartarugas, por exemplo, frequentemente ingerem sacos plásticos, pensando que se trata de algum alimento, o que pode levá-las a morte por sufocamento em questão de minutos. Já as baleias podem passar anos feridas, arrastando redes ou equipamentos de pesca em que se enroscaram e correndo o risco de morrer em consequência de infecções ou, mesmo, de inanição, por terem dificuldade de se alimentar.

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